Os gêneros circundantes em minha área específica de conhecimento(Letras) , são: literários, redação, dissertação, descrição...
Em minhas aulas, também faço uso destes gêneros, além de trabalhar com o estudo de textos do gênero científico, jornalístico, relatórios..., para repertoriar e ensinar meus alunos, pois sou polivalente(PEB I).
As dificuldades dos meus alunos é apresentada enfaticamente na escrita de textos de alguns gêneros.Esta dificuldade , principalmente na escrita, aparece nos textos dos gêneros que eles têm menor contato, como no caso de relatórios de visitas ou experiências, em que é notável a desorganização de idéias .
Acredito que essa dificuldade pode estar na carência de acesso aos meios de comunicação como jornais e revistas em casa, fontes que englobam variados gêneros,fugindo dos contos, que mais conhecem.Isso faz com que não criem hábito e gosto pela leitura de outros gêneros, e consequentemente influencia sua escrita.
domingo, 30 de setembro de 2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Charge Jornalística(Francieli)
Das características essenciais do gênero “charge” é a articulação que existe entre diferentes linguagens, especialmente a verbal e a visual. Ao optar por analisar textos humorísticos da mídia escrita (jornais, revistas, etc.), ao mesmo tempo em que fazemos um recorte para um estudo mais detalhado, optamos também por analisar os textos imagéticos, ou seja, aqueles que valorizam mais a imagem. Tal fato dá-se, não apenas por pura preferência, mas inclusive por considerar que a ilustração, no caso as charges, os cartuns e as tiras, além de provocarem o humor, em termos de conteúdo, podem ser tão ricas e densas quanto os outros textos opinativos, crônicas e editoriais, por exemplo. Além de atrair a atenção do leitor, o texto com imagens transmite também um posicionamento crítico sobre personagens e fatos políticos.
Romance Policial(Francieli)
A Tipologia do Romance Policial
Clelia Simeão Pires
Mestranda UFRJ
O romance policial tem suas normas; fazer “melhor” do que elas pedem é ao mesmo tempo fazer “pior”: quem quer “embelezar” o romance policial faz “literatura”, não romance policial.
Tvetan Todorov. As estruturas narrativas.
Em linhas gerais, o romance policial é um tipo de narrativa que expõe uma investigação fictícia, ou seja, a superação metódica de um enigma ou a identificação de um fato ou pessoa misteriosos. Toda a narrativa policial apresenta um crime e alguém disposto a desvendá-lo, porém nem toda a narrativa em que esses elementos estão presentes pode ser considerada policial. Isto porque além da necessidade de um crime, é preciso também uma forma de articular a narrativa, de estabelecer a relação do detetive com o crime e com a narração.
A figura do detetive na narrativa policial deu-se por acaso, numa estória que não tinha esse cunho; trata-se de Zadig, o herói da estória de Voltaire, que, aproveitando-se de seus dons de observação no episódio do desaparecimento da cadela da rainha e do cavalo do rei, é acusado de saber do paradeiro dos animais reais e, escapa do exílio na Sibéria ao apresentar argumentos dotados de raciocínio lógico bastante convincente para provar ao júri que realmente não os vira, mas, apenas seus rastros deixados pela estrada. A lógica perfeita de Zadig foi apontada pelos historiadores do gênero policial, como a avant-première do espírito de deteção, transformando o personagem, no antecessor de uma galeria de detetives de ficção que viria mais tarde resultar na narrativa policial.
Para tratarmos da classificação dos tipos de narrativa no interior do gênero policial, tomaremos como ponto de partida o romance policial clássico ou romance de enigma. A busca de sua solução será o objetivo do agente responsável pelo esclarecimento do enigma, o detetive. Segundo Tvetan Todorov em “Tipologia do Romance Policial”, a clássica narrativa de enigma oferece sempre duas histórias distintas: a do crime – concluída antes do início da outra – e a do inquérito. Nesta, pouca coisa acontece e os personagens encarregados da descoberta do criminoso, apenas observam e examinam os indícios deixados pelo assassino, não realizando nenhum tipo de ação fora dos limites da racionalização lógica. O relato da investigação geralmente fica a cargo de um companheiro do detetive, como, por exemplo, o Dr.Watson que narra as aventuras do mais famoso detetive de ficção Sherlock Holmes, que só apareceria nos fins do século XIX. Nesse tipo de narrativa, o enredo se arma com base em cenas progressivas de suspense que desencadearão, ao final, na descoberta do criminoso. Durante a investigação, porém, nada que ponha em risco a integridade física do detetive poderá acontecer. Esta é uma das regras do gênero que postula a imunidade do detetive. Uma vez que os personagens nesse momento não agem, mas tiram conclusões sobre uma ação passada, a narrativa é elaborada em forma de memória, diminuindo, em princípio, as possibilidades do detetive ser atacado ou morrer no desenrolar da estória. A estrutura básica de todo romance de enigma clássico serão essas características de cada uma das duas estórias, estrutura esta que enfatizará, não o crime da primeira estória, mas a forma de investigação do detetive sobre a ação passada e a forma de condução do inquérito da segunda estória.
A natureza dos romances policiais está igualmente relacionada às funções da literatura de massa e às forças que operam sob a sociedade burguesa. Os problemas humanos e os crimes transformados em “mistérios” que possam ser solucionados representam uma tendência comportamental e ideológica típica do capitalismo.
O romance policial também demonstra que, não pode haver crime perfeito, logo, ilegalismo sem punição. Na ficção romanesca, não haveria lugar para a impunidade, já que a ordem social concebe o delito como uma anomalia, uma violação da lei. A principal função ideológica na literatura policial é a demonstração da estranheza do crime. Caracterizando o criminoso como um ser estranho à razão natural da ordem social, ela faz parte de uma pedagogia do poder que, através da diferenciação dos ilegalismos, define a delinqüência. O criminoso, geralmente, é alguém que não se enquadra na ordem social, sendo por isto necessário identificá-lo e puni-lo. Com efeito, a narrativa policial segue uma ordem de descoberta, tendo como ponto de partida um fato extraordinário.
O romance de enigma tende assim para a arquitetura de uma dedução perfeita: o Cavalheiro August Dupin, criado por Edgar Allan Poe, o precursor da narrativa policial, em Os crimes da Rua Morgue, após visitar o local onde duas mulheres são assassinadas com requintes de brutalidade num quarto pavimento daquela rua, através de um raciocínio lógico, termina por chegar ao assassino. Dupin não era exatamente um detetive, uma vez que não era um policial e também, a denominação de “detetive” só surgiria mais tarde, mas, era antes de tudo, um herói analista. Contudo, disposto a desvendar aquele enigma que parecia indecifrável, faz justamente o contrário do que as autoridades parisienses fariam. Para ele, a polícia era “apenas astuta e nada mais”. Dupin conclui sobre a solução do crime sem recorrer àquela astúcia, mas sim a um método de trabalho.
Edgar Allan Poe aplicou tal técnica de raciocínio à ficção, estabelecendo várias combinações de elementos que desde então passaram a ser as peças determinantes na cartilha de elaboração dos romances policiais que surgiram em seqüência: além da figura do detetive cerebral, o escritor deve pensar no desfecho de cada estória a priori, para que a lógica seja perfeita, para que cada incidente caminhe em direção ao final previsto. Além desta técnica de, antes de iniciar a narrativa elaborar sua conclusão, também é fundamental que o escritor faça uma consideração prévia acerca do efeito que ele deseja extrair do romance em questão: o medo. Este é o propósito primeiro do romance policial e, para tal, lança-se mão do mistério e das cenas de horror.
O universo do romance policial é permeado por esses vários elementos: medo, mistério, investigação, curiosidade, assombro, inquietação, que são dosados de acordo com os autores e as épocas. Através da palavra, o medo se torna uma tortura da imaginação e estabelece uma relação poética entre narrador e leitor; o mundo é, dessa forma, uma fonte de inspiração literária, visto que, mistérios sempre existiram desde os primórdios da história da humanidade. A raiz metafísica deste gênero está na necessidade humana de eliminar a angústia e o sofrimento que nos domina enquanto não atingimos a compreensão de uma determinada situação de mistério. O temor diante do desconhecido e o espanto como resultado da resolução de um enigma são traços pertinentes à própria psicologia humana. Em toda investigação racionalmente conduzida, há , em germe, traços do romance policial. Haja vista a tragédia de “Édipo Rei”.
O romance policial clássico busca a mais completa verossimilhança trabalhando com índices materiais. Muitos detetives, como por exemplo, Sherlock Holmes, adotam métodos científicos para irem em busca da verdade. Em geral, o narrador lança mão de um mistério tão bem elaborado que o leitor não será capaz de desvendar sozinho. É nesse momento que o detetive entra em ação com o objetivo de resgatar a verdade. O leitor, a essa altura, está preso a narrativa na expectativa de um desfecho que o satisfaça. Como o objetivo da investigação sempre será alcançado, o detetive torna-se uma espécie de herói e o público passa a desejar que ele apareça em outras estórias, garantindo assim, a consagração do personagem.
Com estratégias cada vez mais sofisticadas, o romance policial começa a apresentar charadas com o intuito de aumentar o interesse do leitor a partir do momento em que ele sente-se incapaz de desvendar o mistério sozinho. A partir daí, o romance policial começa a ser tratado como uma espécie de jogo.
Em 1928, S.S.Van Dine, o romancista criador do genial detetive Philo Vance, estabelece as regras de uma boa narrativa policial. Estamos nos referindo ao famoso “As vinte regras do Romance Policial”, artigo do The American Magazine, no qual Van Dine conclui que o escritor deve “jogar limpo” com o leitor. Em outras palavras, a luta de intelectualidade deve acontecer em dois níveis: entre o detetive e o criminoso e entre o autor e o leitor. Nessas duas lutas, a identidade do culpado é o mistério para o qual tanto o detetive quanto o leitor devem ser conduzidos através de um sistemático exame de pistas. Seguem algumas das regras: o leitor e o detetive devem ter as mesmas oportunidades de desvendar o mistério, no entanto, o leitor nunca deverá suplantar o autor; o herói do romance, o detetive, sempre sairá vencedor, pois se o contrário acontecer, o fato será atribuído à baixa qualidade da estória e, portanto, não haverá suspense, uma solução surpreendente ou uma catarse. No romance policial não pode haver intriga amorosa para não atrapalhar o processo intelectual do detetive. O romance deve ter um cadáver para causar horror e desejo de vingança. O culpado deve ser um dos personagens comuns, mas gozar de certa importância e não um assassino profissional. O culpado nunca poderá ser o detetive e o crime deve ser cometido por razões pessoais. A solução do mistério deve estar evidente desde o início para que uma releitura possa mostrar ao leitor o quanto ele foi desatento. As pistas devem estar todas presentes e o leitor deve se surpreender ao saber a identidade secreta do assassino. O romance deve ser verossímil, mas não cheio de descrições já que se trata de um jogo.
De acordo com Van Dine, a arte do romance policial de boa qualidade é atingir estas metas sem recorrer a truques baratos. É claro que sua validade é bastante questionável visto que vários romances policiais clássicos e contemporâneos têm transgredido algumas delas.
Outro gênero no interior do romance policial e, que se opõe ao romance de enigma apresentado anteriormente é o chamado romance negro, que se criou nos Estados Unidos. Nele, as duas estórias se fundem; a narrativa coincide com a ação do crime. Não há narração em forma de memórias, não há mistério a ser desvendado e também não sabemos se o detetive chegará vivo ao final da estória. A arquitetura da narrativa tem dois principais interesses: o de aguçar a curiosidade do leitor garantindo que a estória não seja abandonada no meio do caminho, e o de criar situações de suspense. O crime, o cadáver e certos indícios estarão presentes, mas os motivos pelos quais o assassinato foi praticado será o fio condutor da narrativa que, a partir daí, fará com que o interesse do leitor seja sustentado pela espera do que vai acontecer. Aquela imunidade que garantia a segurança do detetive no romance de enigma não será mais possível; aqui, o detetive se arrisca e tudo pode lhe acontecer.
Clelia Simeão Pires
Mestranda UFRJ
O romance policial tem suas normas; fazer “melhor” do que elas pedem é ao mesmo tempo fazer “pior”: quem quer “embelezar” o romance policial faz “literatura”, não romance policial.
Tvetan Todorov. As estruturas narrativas.
Em linhas gerais, o romance policial é um tipo de narrativa que expõe uma investigação fictícia, ou seja, a superação metódica de um enigma ou a identificação de um fato ou pessoa misteriosos. Toda a narrativa policial apresenta um crime e alguém disposto a desvendá-lo, porém nem toda a narrativa em que esses elementos estão presentes pode ser considerada policial. Isto porque além da necessidade de um crime, é preciso também uma forma de articular a narrativa, de estabelecer a relação do detetive com o crime e com a narração.
A figura do detetive na narrativa policial deu-se por acaso, numa estória que não tinha esse cunho; trata-se de Zadig, o herói da estória de Voltaire, que, aproveitando-se de seus dons de observação no episódio do desaparecimento da cadela da rainha e do cavalo do rei, é acusado de saber do paradeiro dos animais reais e, escapa do exílio na Sibéria ao apresentar argumentos dotados de raciocínio lógico bastante convincente para provar ao júri que realmente não os vira, mas, apenas seus rastros deixados pela estrada. A lógica perfeita de Zadig foi apontada pelos historiadores do gênero policial, como a avant-première do espírito de deteção, transformando o personagem, no antecessor de uma galeria de detetives de ficção que viria mais tarde resultar na narrativa policial.
Para tratarmos da classificação dos tipos de narrativa no interior do gênero policial, tomaremos como ponto de partida o romance policial clássico ou romance de enigma. A busca de sua solução será o objetivo do agente responsável pelo esclarecimento do enigma, o detetive. Segundo Tvetan Todorov em “Tipologia do Romance Policial”, a clássica narrativa de enigma oferece sempre duas histórias distintas: a do crime – concluída antes do início da outra – e a do inquérito. Nesta, pouca coisa acontece e os personagens encarregados da descoberta do criminoso, apenas observam e examinam os indícios deixados pelo assassino, não realizando nenhum tipo de ação fora dos limites da racionalização lógica. O relato da investigação geralmente fica a cargo de um companheiro do detetive, como, por exemplo, o Dr.Watson que narra as aventuras do mais famoso detetive de ficção Sherlock Holmes, que só apareceria nos fins do século XIX. Nesse tipo de narrativa, o enredo se arma com base em cenas progressivas de suspense que desencadearão, ao final, na descoberta do criminoso. Durante a investigação, porém, nada que ponha em risco a integridade física do detetive poderá acontecer. Esta é uma das regras do gênero que postula a imunidade do detetive. Uma vez que os personagens nesse momento não agem, mas tiram conclusões sobre uma ação passada, a narrativa é elaborada em forma de memória, diminuindo, em princípio, as possibilidades do detetive ser atacado ou morrer no desenrolar da estória. A estrutura básica de todo romance de enigma clássico serão essas características de cada uma das duas estórias, estrutura esta que enfatizará, não o crime da primeira estória, mas a forma de investigação do detetive sobre a ação passada e a forma de condução do inquérito da segunda estória.
A natureza dos romances policiais está igualmente relacionada às funções da literatura de massa e às forças que operam sob a sociedade burguesa. Os problemas humanos e os crimes transformados em “mistérios” que possam ser solucionados representam uma tendência comportamental e ideológica típica do capitalismo.
O romance policial também demonstra que, não pode haver crime perfeito, logo, ilegalismo sem punição. Na ficção romanesca, não haveria lugar para a impunidade, já que a ordem social concebe o delito como uma anomalia, uma violação da lei. A principal função ideológica na literatura policial é a demonstração da estranheza do crime. Caracterizando o criminoso como um ser estranho à razão natural da ordem social, ela faz parte de uma pedagogia do poder que, através da diferenciação dos ilegalismos, define a delinqüência. O criminoso, geralmente, é alguém que não se enquadra na ordem social, sendo por isto necessário identificá-lo e puni-lo. Com efeito, a narrativa policial segue uma ordem de descoberta, tendo como ponto de partida um fato extraordinário.
O romance de enigma tende assim para a arquitetura de uma dedução perfeita: o Cavalheiro August Dupin, criado por Edgar Allan Poe, o precursor da narrativa policial, em Os crimes da Rua Morgue, após visitar o local onde duas mulheres são assassinadas com requintes de brutalidade num quarto pavimento daquela rua, através de um raciocínio lógico, termina por chegar ao assassino. Dupin não era exatamente um detetive, uma vez que não era um policial e também, a denominação de “detetive” só surgiria mais tarde, mas, era antes de tudo, um herói analista. Contudo, disposto a desvendar aquele enigma que parecia indecifrável, faz justamente o contrário do que as autoridades parisienses fariam. Para ele, a polícia era “apenas astuta e nada mais”. Dupin conclui sobre a solução do crime sem recorrer àquela astúcia, mas sim a um método de trabalho.
Edgar Allan Poe aplicou tal técnica de raciocínio à ficção, estabelecendo várias combinações de elementos que desde então passaram a ser as peças determinantes na cartilha de elaboração dos romances policiais que surgiram em seqüência: além da figura do detetive cerebral, o escritor deve pensar no desfecho de cada estória a priori, para que a lógica seja perfeita, para que cada incidente caminhe em direção ao final previsto. Além desta técnica de, antes de iniciar a narrativa elaborar sua conclusão, também é fundamental que o escritor faça uma consideração prévia acerca do efeito que ele deseja extrair do romance em questão: o medo. Este é o propósito primeiro do romance policial e, para tal, lança-se mão do mistério e das cenas de horror.
O universo do romance policial é permeado por esses vários elementos: medo, mistério, investigação, curiosidade, assombro, inquietação, que são dosados de acordo com os autores e as épocas. Através da palavra, o medo se torna uma tortura da imaginação e estabelece uma relação poética entre narrador e leitor; o mundo é, dessa forma, uma fonte de inspiração literária, visto que, mistérios sempre existiram desde os primórdios da história da humanidade. A raiz metafísica deste gênero está na necessidade humana de eliminar a angústia e o sofrimento que nos domina enquanto não atingimos a compreensão de uma determinada situação de mistério. O temor diante do desconhecido e o espanto como resultado da resolução de um enigma são traços pertinentes à própria psicologia humana. Em toda investigação racionalmente conduzida, há , em germe, traços do romance policial. Haja vista a tragédia de “Édipo Rei”.
O romance policial clássico busca a mais completa verossimilhança trabalhando com índices materiais. Muitos detetives, como por exemplo, Sherlock Holmes, adotam métodos científicos para irem em busca da verdade. Em geral, o narrador lança mão de um mistério tão bem elaborado que o leitor não será capaz de desvendar sozinho. É nesse momento que o detetive entra em ação com o objetivo de resgatar a verdade. O leitor, a essa altura, está preso a narrativa na expectativa de um desfecho que o satisfaça. Como o objetivo da investigação sempre será alcançado, o detetive torna-se uma espécie de herói e o público passa a desejar que ele apareça em outras estórias, garantindo assim, a consagração do personagem.
Com estratégias cada vez mais sofisticadas, o romance policial começa a apresentar charadas com o intuito de aumentar o interesse do leitor a partir do momento em que ele sente-se incapaz de desvendar o mistério sozinho. A partir daí, o romance policial começa a ser tratado como uma espécie de jogo.
Em 1928, S.S.Van Dine, o romancista criador do genial detetive Philo Vance, estabelece as regras de uma boa narrativa policial. Estamos nos referindo ao famoso “As vinte regras do Romance Policial”, artigo do The American Magazine, no qual Van Dine conclui que o escritor deve “jogar limpo” com o leitor. Em outras palavras, a luta de intelectualidade deve acontecer em dois níveis: entre o detetive e o criminoso e entre o autor e o leitor. Nessas duas lutas, a identidade do culpado é o mistério para o qual tanto o detetive quanto o leitor devem ser conduzidos através de um sistemático exame de pistas. Seguem algumas das regras: o leitor e o detetive devem ter as mesmas oportunidades de desvendar o mistério, no entanto, o leitor nunca deverá suplantar o autor; o herói do romance, o detetive, sempre sairá vencedor, pois se o contrário acontecer, o fato será atribuído à baixa qualidade da estória e, portanto, não haverá suspense, uma solução surpreendente ou uma catarse. No romance policial não pode haver intriga amorosa para não atrapalhar o processo intelectual do detetive. O romance deve ter um cadáver para causar horror e desejo de vingança. O culpado deve ser um dos personagens comuns, mas gozar de certa importância e não um assassino profissional. O culpado nunca poderá ser o detetive e o crime deve ser cometido por razões pessoais. A solução do mistério deve estar evidente desde o início para que uma releitura possa mostrar ao leitor o quanto ele foi desatento. As pistas devem estar todas presentes e o leitor deve se surpreender ao saber a identidade secreta do assassino. O romance deve ser verossímil, mas não cheio de descrições já que se trata de um jogo.
De acordo com Van Dine, a arte do romance policial de boa qualidade é atingir estas metas sem recorrer a truques baratos. É claro que sua validade é bastante questionável visto que vários romances policiais clássicos e contemporâneos têm transgredido algumas delas.
Outro gênero no interior do romance policial e, que se opõe ao romance de enigma apresentado anteriormente é o chamado romance negro, que se criou nos Estados Unidos. Nele, as duas estórias se fundem; a narrativa coincide com a ação do crime. Não há narração em forma de memórias, não há mistério a ser desvendado e também não sabemos se o detetive chegará vivo ao final da estória. A arquitetura da narrativa tem dois principais interesses: o de aguçar a curiosidade do leitor garantindo que a estória não seja abandonada no meio do caminho, e o de criar situações de suspense. O crime, o cadáver e certos indícios estarão presentes, mas os motivos pelos quais o assassinato foi praticado será o fio condutor da narrativa que, a partir daí, fará com que o interesse do leitor seja sustentado pela espera do que vai acontecer. Aquela imunidade que garantia a segurança do detetive no romance de enigma não será mais possível; aqui, o detetive se arrisca e tudo pode lhe acontecer.
Relato de Experiência Científica(Francieli)
Sao Paulo Medical Journal
Print ISSN 1516-3180
Abstract
ZUBEN, Marcus Vinicius Von, DERCHAIN, Sophie Françoise, SARIAN, Luis Otávio et al. Impacto de uma intervenção comunitária na melhoria da cobertura de um programa de rastreamento para câncer do colo do útero na região amazônica brasileira. Sao Paulo Med. J., Jan. 2007, vol.125, no.1, p.42-45. ISSN 1516-3180.
CONTEXTO E OBJETIVO: Na Região Norte do Brasil, o câncer do colo do útero é a mais importante causa de morte, por câncer, entre as mulheres. É muito provável, entretanto, que os dados oficiais referentes à incidência e à mortalidade estejam grosseiramente subestimados. O objetivo foi estimar as repercussões que a melhora dos programas de rastreamento possam exercer sobre a incidência de lesões pré-invasoras e invasoras do colo do útero em uma municipalidade da região Amazônica brasileira. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Este estudo "quasi-experimental" avaliou dimensões processuais relevantes para os objetivos do programa de rastreamento. Foi incluída uma amostra de 2.226 mulheres, atendidas em unidades básicas de saúde de Cruzeiro do Sul, uma pequena cidade da Amazônia Brasileira, entre abril de 2003 e julho de 2004. MÉTODOS: As mulheres foram recrutadas através de anúncio pelo rádio e por comunicação oral desempe-nhada pelos próprios pesquisadores. Após assinarem o Termo de Consentimento Informado, responderam a um questionário estruturado e foram submetidas a exame pélvico, o que incluiu coleta e colpocitologia oncológica (CO) e inspeção da cérvice após aplicação de ácido acético diluído. Mulheres com CO positiva ou exame ginecológico anormal foram encaminhadas para colposcopia e eventual biópsia, excisão diatérmica da zona de transformação ou conização. RESULTADOS: Os resultados obtidos foram comparados a dados históricos oficiais referentes à cidade de Cruzeiro do Sul, recuperados do banco de dados do Ministério da Saúde do Brasil. Em comparação aos dados históricos, a intervenção resultou em um aumento de 40% na freqüência de CO positiva, e a detecção de câncer foi nove vezes superior àquela dos dados oficiais. CONCLUSÕES: A detecção de lesões cervicais pré-invasoras e invasoras no grupo que sofreu intervenção foi marcadamente superior à das mulheres atendidas pelo programa oficial de rastreamento.
Keywords : Colo uterino; Câncer; Diagnóstico; Assistência ambulatorial; Esfregaço vaginal.
· abstract in english · text in english · pdf in english
© 2007 Associação Paulista de MedicinaAPM / Publications Unit
Print ISSN 1516-3180
Abstract
ZUBEN, Marcus Vinicius Von, DERCHAIN, Sophie Françoise, SARIAN, Luis Otávio et al. Impacto de uma intervenção comunitária na melhoria da cobertura de um programa de rastreamento para câncer do colo do útero na região amazônica brasileira. Sao Paulo Med. J., Jan. 2007, vol.125, no.1, p.42-45. ISSN 1516-3180.
CONTEXTO E OBJETIVO: Na Região Norte do Brasil, o câncer do colo do útero é a mais importante causa de morte, por câncer, entre as mulheres. É muito provável, entretanto, que os dados oficiais referentes à incidência e à mortalidade estejam grosseiramente subestimados. O objetivo foi estimar as repercussões que a melhora dos programas de rastreamento possam exercer sobre a incidência de lesões pré-invasoras e invasoras do colo do útero em uma municipalidade da região Amazônica brasileira. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Este estudo "quasi-experimental" avaliou dimensões processuais relevantes para os objetivos do programa de rastreamento. Foi incluída uma amostra de 2.226 mulheres, atendidas em unidades básicas de saúde de Cruzeiro do Sul, uma pequena cidade da Amazônia Brasileira, entre abril de 2003 e julho de 2004. MÉTODOS: As mulheres foram recrutadas através de anúncio pelo rádio e por comunicação oral desempe-nhada pelos próprios pesquisadores. Após assinarem o Termo de Consentimento Informado, responderam a um questionário estruturado e foram submetidas a exame pélvico, o que incluiu coleta e colpocitologia oncológica (CO) e inspeção da cérvice após aplicação de ácido acético diluído. Mulheres com CO positiva ou exame ginecológico anormal foram encaminhadas para colposcopia e eventual biópsia, excisão diatérmica da zona de transformação ou conização. RESULTADOS: Os resultados obtidos foram comparados a dados históricos oficiais referentes à cidade de Cruzeiro do Sul, recuperados do banco de dados do Ministério da Saúde do Brasil. Em comparação aos dados históricos, a intervenção resultou em um aumento de 40% na freqüência de CO positiva, e a detecção de câncer foi nove vezes superior àquela dos dados oficiais. CONCLUSÕES: A detecção de lesões cervicais pré-invasoras e invasoras no grupo que sofreu intervenção foi marcadamente superior à das mulheres atendidas pelo programa oficial de rastreamento.
Keywords : Colo uterino; Câncer; Diagnóstico; Assistência ambulatorial; Esfregaço vaginal.
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© 2007 Associação Paulista de MedicinaAPM / Publications Unit
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Retomada do fórum:Ler e escrever deve ser um compromisso de todas as áreas?
A leitura e a escrita são necessárias para o bom relacionamento do indivíduo em todas as esferas sociais, por isso, cabe a todas as áreas zelar pelo bom desenvolvimento desses dois processos.
Mesmo que não seja de forma sistematizada, como em língua portuguesa, os professores dos demais componentes curriculares também devem colaborar no sentido de estarem atentos para os erros dos alunos e mediá-los para uma possível correção.Isso fará com que o aluno compreenda a importância da leitura e escrita de forma correta para o bom entendimento e relacionamento com os indivíduos.
Mesmo que não seja de forma sistematizada, como em língua portuguesa, os professores dos demais componentes curriculares também devem colaborar no sentido de estarem atentos para os erros dos alunos e mediá-los para uma possível correção.Isso fará com que o aluno compreenda a importância da leitura e escrita de forma correta para o bom entendimento e relacionamento com os indivíduos.
Antecipação:TEXTO e LEITURA
1)Para você , o que é texto?
Texto é um apanhado de idéias sobre algum assunto escolhido, expressadas por meio de determinado gênero.
2)Do que depende a compreensão de um texto?
A compreenção depende da leitura e interpretação do textos .A partir da leitura atenciosa o leitor obtém o entendimento em relação às idéias do autor.
Texto é um apanhado de idéias sobre algum assunto escolhido, expressadas por meio de determinado gênero.
2)Do que depende a compreensão de um texto?
A compreenção depende da leitura e interpretação do textos .A partir da leitura atenciosa o leitor obtém o entendimento em relação às idéias do autor.
domingo, 23 de setembro de 2007
CHARGE JORNALÍSTICA(Carina)
Uma das características essenciais do gênero “charge” é a articulação que existe entre diferentes linguagens, especialmente a verbal e a visual. Ao optar por analisar textos humorísticos da mídia escrita (jornais, revistas, etc.), ao mesmo tempo em que fazemos um recorte para um estudo mais detalhado, optamos também por analisar os textos imagéticos, ou seja, aqueles que valorizam mais a imagem. Tal fato dá-se, não apenas por pura preferência, mas inclusive por considerar que a ilustração, no caso as charges, os cartuns e as tiras, além de provocarem o humor, em termos de conteúdo, podem ser tão ricas e densas quanto os outros textos opinativos, crônicas e editoriais, por exemplo.
Além de atrair a atenção do leitor, o texto com imagens transmite também um posicionamento crítico sobre personagens e fatos políticos.
A charge ,do francês charger( exagerar), para os autores do Dicionário de comunicação, é um tipo de cartum “cujo objetivo é a crítica humorística de um fato ou acontecimento específico, em geral de natureza política” (Rabaça & Barbosa, 1978: 89). De acordo com os autores, uma boa charge deve procurar um assunto atual e ir direto onde estão centrados a atenção e o interesse do público leitor..
A charge focaliza uma certa realidade, geralmente política, fazendo uma síntese. Somente os que conhecem essa realidade entendem a charge. Já a caricatura focaliza um elemento dessa determinada realidade focada pela charge.
A Charge faz crítica a um personagem, fato ou acontecimento político específico, limitação temporal.
O traço caracterizador da charge é a polifonia que permite perceber um jogo de vozes contrastantes provocador do riso, assumindo, assim, o estatuto de texto humorístico. No plano exofórico, o intertexto ressoa na charge, ao fornecer as informações e o suporte contextual para o seu entendimento, seja conduzindo para uma direção convergente de sentidos, portanto parafrástica, seja numa direção divergente, parodística.Outro ponto importante a ser observado na charge é o fato de que, na sua construção interna, ela é bivocal, porque é carnavalesca, no sentido bakhtiniano. Ela informa e opina sobre o seu tema por meio da representação de um “mundo às avessas”, aguçando, pela própria inversão de valores sociais que promove, uma visão mais nítida da realidade. O autor da charge cumpre um ritual ambivalente, porque conjuga elementos díspares, ao figurar a autoridade e destroná-la e ao apontar a ordem instituída pelo reverso de sua aparência séria..
BOLETIM DE AVALIAÇÃO DE ALUNOS (Carina)
Notas do Interior são maiores do que da Grande SP
Fonte: Diário de São Paulo (26/02/07)Em todas as séries, do 1º ano do ensino fundamental ao 3º do ensino médio, o desempenho das escolas estaduais da região metropolitana de São Paulo é pior do que o resultado das unidades do Interior; segundo as notas médias do último Saresp. A maior diferença foi verificada em português, na 1ª série do ensino fundamental, estágio em que o aluno do Interior (Litoral, inclusive) da rede ficou com média 10,7% superior ao colega da Grande SP.Para professores, no Interior, há mais participação da comunidade na vida da escola. Para a Secretaria Estadual de Educação (SEE), quatro hipóteses ajudam a explicar o melhor resultado dos alunos interioranos: os tamanhos das escolas; das turmas, a taxa de abandono e a localização geográfica combinada com o grau de vulnerabilidade dos jovens.As duas primeiras têm relação com a maior demanda da Grande SP, onde a pasta ainda não conseguiu extinguir o turno da fome, período intermediário de aula. que coincide com a hora do almoço e reduz o tempo de estudo na escola.Abandono menor no Interior, diz a SEE, há mais escolas de menor porte, com menos alunos e, em geral, menor taxa de abandono, que em 2005 ficou em 1,8% no fundamental e 7% no ensino médio.A pasta não divulgou taxas de abandono por regiões. Outra explicação: quanto maior o grau de vulnerabilidade juvenil pior o desempenho no Saresp. A maior parte dos alunos da Capital e arredores estuda em locais de vulnerabilidade média ou alta. O pior desempenho da Grande SP, de certa forma, explica o porquê de o governo Serra dar prioridade às escolas da Capital na implantação de um auxiliar para o professor de 1ª série: só 3027 classes da Capital receberão o auxiliar em 2007."Obviamente, (os maus resultados do Saresp) têm a ver com a alfabetização. Os alunos não entendem os problemas. Fizemos um exame com eles e não sabiam o que era a palavra perímetro", diz Ilona Becskeházy, diretora da Fundação Lemann, que oferece bolsas de estudo a alunos da rede estadual.
ROMANCE POLICIAL (Carina)
Romance policial - O romance policial trata de esclarecimento de um crime pela habilidade e coragem de um detetive. Em geral, são características do romance policial a falta de interesse pela vítima e pela psicologia do criminoso. O gótico e o folhetim foram precursores imediatos deste subgênero. As primeiras narrativas policiais se devem a Edgar Allan Poe. Um precursor do romance policial, com elementos góticos, foi The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde (1886; O médico e o monstro), de Robert Louis Stevenson.) Mas a dedução lógica de Poe só reapareceu nos contos de Conan Doyle, autor de The Hound of the Baskervilles (1902; O cão dos Baskervilles) e criador do detetive Sherlock Holmes. Doyle criou o esquema que dominou o romance policial até cerca de 1930.Entre os mais famosos autores do policial destaca-se Aghata Christie, criadora do detetive Hercule Poirot. O belga Georges Simenon, que se tornou famoso com a criação do comissário Maigret, escreveu nada menos que 125 romances policiais entre 1931 e 1952. Maigret não procede pela dedução lógica, como Poirot ou Holmes, e soluciona os crimes com base na atmosfera social e na psicologia dos criminosos.
EXPERIÊNCIA CIENTÍFICA (Carina)
Revista de Saúde Pública
Print ISSN 0034-8910
Rev. Saúde Pública vol. 31 no. 4 suppl. São Paulo Aug. 1997
IV - Relato de experiência quanto à prevenção de acidentes de trânsito: um modelo usado pela Organização Panamericana de Saúde IV - Report on an experiment relating to traffic accident prevention: a model used by the Panamerican Health Organization
Fernando Bueno Pereira Leitão
Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo, SP - Brasil
Acidentes de trânsito. Prevenção e controle.
RESUMO: É apresentado o relato de um programa relativo à prevenção de acidentes de trânsito na cidade de Bogotá, Colômbia, em 1983. A metodologia aplicada mostrou que policiamento ostensivo e preventivo produziu resultados imediatos, sendo sua adoção relativamente simples: o número de acidentes declinou de 414 para 48 acidentes ano após o Programa.
Accidents, traffic, prevention.
ABSTRACT: The report of a program related to the prevention of traffic accidents in Bogotá, Columbia, in 1983, is presented. The methodology applied showed that ostensive and preventive policing produced immediate results and its adoption was relatively simple: the number of accidents declined from 414 to 48 within on year of the launching of the Program.
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento tecnológico fez com que os veículos automotores tivessem cada vez melhor desempenho, no sentido de velocidades maiores, e os preços mais acessíveis provocaram sua disseminação, fatos que foram, em parte, responsáveis pela maior ocorrência de acidentes em áreas metropolitanas e nas rodovias. Na América Latina, no ano de 1983, a Clínica San Pedro Claver do "Instituto de los Seguros Sociales" - ISS - em Bogotá, Colômbia, referiu-se a 60.000* casos de internação decorrentes de causas externas, dentre elas, os acidentes de trânsito. Conforme o "Instituto de Vias" da Universidade de Cauca, Colômbia, mantida tal incidência, haveria, em vinte anos, a ocorrência de 560.000 acidentes com 30.000 mortos e 230.000 feridos. Como conseqüência dessa situação, em 1986, o coeficiente de mortalidade por causas externas era estimado em 103,6 por 100.000 habitantes*. Como resultante desta perspectiva, naquele ano, a área de Seguridade Social, da Colômbia, solicitou à Organização Panamericana da Saúde uma consultoria com ênfase para "Urgencias Medicas, Gerencia y Administracion", visando a oferecer propostas para enfrentar essa grave situação.
O objetivo da presente parte é relatar a experiência da Colômbia, sobre acidentes de trânsito, usando o modelo da Organização Panamericana de Saúde.
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO
A primeira fase da experiência objetivou conhecer, com detalhe, os aspectos da atenção aos casos de urgência em Bogotá, sendo, para tanto, mantido contato com a direção da "Clinica San Pedro Claver". Foram analisados os casos de urgência aí atendidos e avaliadas as condições da Clínica, quanto a recursos humanos, materiais e funcionalidade. Foram ainda mantidos contatos com autoridades da área da Saúde e da Seguridade Social e, visitados, também, outros hospitais envolvidos no atendimento às urgências: San Ignacio, San Juan de Dios, La Misericordia, Guavio, Meiser, de Girardot, de Choconta, de Fusagasuga, uma unidade Programatica Zonal e os três centros de urgência del Instituto del Seguro Social (ISS). Para avaliar o comportamento da população enquanto usuária da via pública, no que se referia ao trânsito, bem como às condições das vias públicas e rodovias, foram as mesmas percorridas a pé, de automóvel e sobrevoadas de helicóptero. Em decorrência dessas observações, constatou-se a seguinte situação:
1 - incidência muito alta de acidentes de trânsito;
2 - inadequada assistência na fase pré-hospitalar;
3 - sobrecarga no atendimento às urgências nos hospitais regionais e dificuldade de atendimento em hospitais locais e centro de urgência do ISS;
4 - número insuficiente de leitos para os casos de emergência;
5 - rede de comunicação com um sistema bem organizado, com médicos na área administrativa e com possibilidade de agilizar as ambulâncias da Secretaria da Saúde ou de outras entidades;
6 - existência de ambulâncias, nos órgãos de saúde, porém, mal equipadas;
7 - motoristas e socorristas ("camilleros") com cursos básicos de primeiros socorros promovidos pela "Cruz Roja";
8 - inexistência de ambulâncias com incubadoras para transporte de crianças e de helicópteros ou aviões para transporte de doentes que necessitassem de socorro urgente;
9 - excelente nível técnico e científico da área médica e de enfermagem;
10 - desrespeito às normas de segurança por parte dos motoristas;
11 - policiamento de caráter preventivo, insuficiente.
PROPOSTA DE AÇÃO
Diante desse quadro, foi elaborado um esquema operacional voltado, principalmente, para a prevenção de acidentes de trânsito. Numa primeira etapa, com duração prevista para 48 horas, foi definida uma abordagem referente aos aspectos educacionais do motorista e do pedestre e de avaliação das condições das rodovias e do policiamento. Sua implantação, com início às 7h de um sábado, foi planejada para a rodovia que liga Bogotá a Girardot (rodovia C), com a participação da "Policia Vial", "Direccion de Transito y Transporte", "Servicio de Salud de Bogota", "Servicio de Salud de Cundinamarca", Ïnstituto de los Seguros Sociales", "Cruz Roja". Foram destinadas 12 viaturas da polícia munidas de rádio comunicação, dez motocicletas, 150 policiais, 11 ambulâncias, 18 enfermeiras rurais, quatro auxiliares de enfermagem e 20 socorristas. Embora o esquema tivesse caráter preventivo, julgou-se necessário um apoio assistencial para eventuais ocorrências. As viaturas policiais foram estacionadas a cada 10 quilômetros, aproximadamente, de modo a estarem perfeitamente visualizadas. Junto a elas, sempre que julgado conveniente, foram localizadas as ambulâncias. Foi estacionada na parte alta de Boquerón, entre Chinauta e Boquerón "parte baja", uma ambulância de cuidados intensivos. Outras foram estacionadas em Chusaca (Cruz Roja), Subia (Cruz Roja), Ye de Fusagasugá (Servicio de Salud de Bogotá), Chinauta (Seguro Social), Boquerón Bajo (Seguro Social), Melgar (Servicio de Salud de Bogotá) e Girardot (Servicio de Salud de Bogotá). A operacionalização contou com uma divulgação prévia pela imprensa, com aconselhamento aos motorista para que fizessem revisão dos veículos, portassem seus documentos, não realizassem ultrapassagens perigosas e usassem cinto de segurança. Entretanto, propositadamente, não foi divulgada a rodovia a ser atingida. Nesta fase, foram transmitidas, aos usuários, informações de ordem educacional, como transporte de crianças no banco trazeiro, impossibilidade de ingestão de bebidas alcoólicas antes e durante a viagem, respeito à sinalização e informações prestadas, uso de cinto de segurança. O apoio à eventual necessidade de atendimento hospitalar contou com os hospitais de Cundinamarca (Girardot, Fusagasugá, Arbelaez, Caqueza, Facatativa, Villeta, Guaduas, Chia, Sopo, Zipaquirá, Tabio, Chocontá), de Bogotá (San Juan de Dios, Samaritana, La Victoria, Simon Bolivar, San José, San Pedro Claver). O projeto previa um levantamento inicial sobre o número de acidentes, de feridos e de mortos realizado nos seis fins de semana que precederam ao seu início e relativo aos primeiros 60 quilômetros de cada uma das seis rodovias que saem de Bogotá. Caso tivesse resultado positivo, com diminuição de acidentes, de mortos e de feridos, o projeto teria continuidade. Foi o que ocorreu. Realizada a primeira etapa, deu-se início à segunda. Esta foi realizada nos fins de semana seguintes, quando foram atingidas as rodovias Bogotá-Chocontá-Villapizon (rodovia A), com ambulâncias em Brileño, Alto de Sisga e Villapizon (todas do "Servicio de Salud de Bogotá") e a rodovia Bogotá-Villeta-Puerto Bogotá (rodovia B), com ambulâncias em Entrada Boyaca (Cruz Roja), Alto de Jalisco (Seguro Social) e Alto de Trigo (Cruz Roja). Nas rodovias Bogotá-Caqueza-Villaviciento (rodovia D) e Funza-Chia-Zipaquira (rodovia E) utilizaram-se ambulâncias do "Servicio de Salud de Bogotá" (duas) e do Seguro Social (uma). Em seguida, duas outras rodovias, secundárias, foram anexadas ao projeto, por sugestão da Polícia Viária: rodovia da Mesa, com uma ambulância da "Cruz Roja", e de Mesitas, com uma ambulância do "Servicio de Salud de Bogotá". Em continuidade ao planejamento, o projeto estendeu-se pelos demais fins de semana, num total de 54, ou seja, por um ano.
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
Para avaliação dos resultados foram contabilizados os números de acidentes, de mortos e de feridos em cada seis fins de semana, num total de nove conjuntos, que sucederam à implantação do projeto. Os dados foram comparados com os números encontrados em seis fins de semana, imediatamente anteriores ao início do mesmo.
Para a resolução dos aspectos relacionados ao atendimento dos casos de emergência foi, firmada a orientação quanto ao desenvolvimento de áreas específicas, como: aumento do número de leitos, implantação e desenvolvimento de um sistema de atendimento pré-hospitalar, incluindo a rede de comunicação, descentralização da atenção médica e continuidade dos programas de treinamento.
Já como conseqüência do número de acidentes de trânsito, de mortos e de feridos é que se definiu e instalou, como prioritário, o projeto operacional de cunho preventivo, fundamentado, basicamente, no policiamento ostensivo, com a perspectiva de resultado imediato. Nos seis fins de semana que precederam a instalação do projeto, haviam ocorrido, nas rodovias de Bogotá, 46 acidentes em conseqüência das seguintes causas: imprudência do motorista (20), embriaguês (7), falhas mecânicas (7), imprudência do pedestre (4), veículo fantasma** (3), imprudência do ciclista (3), imprudência do motociclista (1) e embriaguês do passageiro (1). Esses 46 acidentes foram responsáveis por 91 feridos e 27 mortos. Após a instalação do projeto, a somatória das ocorrências nos 54 fins de semana, foi de 48 acidentes, responsáveis por 83 feridos e 13 mortos. Com base nos dados que precederam o projeto, estimou-se a ocorrência de 414 acidentes/ano,valor que declinou para 48 acidentes/ano. Essa queda correspondeu a um valor 8,6 vezes menos do que a estimativa anterior (diminuição de 98,7% do total de ocorrências). A Figura mostra esses resultados.
COMENTÁRIOS
As condições relacionadas à atenção às emergências em Bogotá, em 1983, fizeram com que fossem apresentadas propostas diversas, no sentido de colaborar para a resolução do problema, como um todo. Aquelas de resultado previsto para médio e longo prazo incluíram a educação continuada da população quanto aos aspectos de trânsito e tráfego, por meio de folhetos educativos a serem distribuídos em escolas, vias públicas, locais de trabalho, a par de informações veiculadas pela imprensa escrita, falada e televisada e, "Cruz Roja"; equipagem das áreas de atendimento às emergências na rede assistencial, priorizando o equipamento para emprego de oxigênio, material para ventilação, intubação e aspiração de secreções, eletrocardiógrafo, Raios X, desfibrilador; provimento dos hospitais regionais quanto aos especialistas envolvidos em casos de urgência, nas 24 horas do dia; definição dos leitos para casos de urgência em todos os hospitais; organização da área externa dos hospitais diretamente envolvidas com admissão de casos de urgência, proibindo o estacionamento de qualquer tipo de veículo; responsabilidade da enfermagem pelo material utilizado nas ambulâncias; computadorização do sistema de classificação e admissão dos doentes a fim de facilitar o conhecimento de sua procedência, diagnóstico, tempo entre ocorrência e início do atendimento, chegada ao hospital, condição de alta e número de leitos disponíveis na rede assistencial. Quanto à comunicação, foi indicada a transferência da Central para o Hospital Universitário, pela facilidade de aí serem encontrados os especialistas capazes de atuar como reguladores do sistema, o aumento do número de canais e a integração com hospitais regionais e universitários. Em relação às ambulâncias, as recomendações salientaram a importância de equipagem para primeiros socorros, bem como a existência de uma ambulância tipo UTI para cada 300.000 habitantes. Ficou também definido que os cursos já existentes para motoristas e socorristas teriam a orientação das áreas correspondentes da Universidade.
Se estas recomendações previam, como já foi citado, resultados a serem obtidos a médio e longo prazo, a prevenção, instituída de maneira muito objetiva pelo projeto e baseada no policiamento ostensivo com a participação de ambulâncias, mostrou um resultado extremamente animador. Para sua execução, foi fundamental o interesse das autoridades da área da saúde e da seguridade social. Foi vivenciada uma postura governamental que traduziu um interesse político quanto à solução das ocorrências de trânsito. Nos mais diversos países, a morbidade e mortalidade relacionadas aos acidentes de trânsito são merecedoras da atenção da área da Saúde em decorrência, inclusive, dos altos custos de todo um processo de atendimento, além daqueles diretamente relacionados ao número de anos potenciais de vida perdidos - APVP. O interesse e conseqüente apoio governamental, na Colômbia, foi o decisivo fator do sucesso desse projeto, aliás de custo operacional extremamente baixo, uma vez que não houve necessidade de contratação de recursos humanos, nem da aquisição de equipamentos ou viaturas. Deve ser considerado, também, que o custo/benifício de um projeto como esse tende a diminuir no decorrer do tempo, certamente em conseqüência de outros fatores, como: diminuição do desembolso de recursos pelas companhias de seguro, o que por sua vez, poderá contribuir para a redução do prêmio e seu custeio; diminuição do número de feridos, proporcionalmente reduzindo os custos operacionais da área da saúde, além de contribuir para o aumento do número de leitos, então utilizáveis para casos eletivos ou para emergência clínica; redução do número de mortos e conseqüente diminuição dos APVP, pois a maioria das vítimas de acidentes de trânsito é constituída de pessoas jovens. E, então, os recursos advindos destes resultados poderão ser utilizados pela própria área da saúde em investimentos de grande importância, como saneamento básico, vacinação, desenvolvimento de recursos humanos, desenvolvimento tecnológico e outros mais que se fizerem necessários. A metodologia aplicada mostrou, para Bogotá, que o policiamento ostensivo, preventivo, produziu resultados imediatos, sendo relativamente simples sua adoção. Por outro lado, o fato de os acidentes ocorrerem por causas tão diversas, todas refletindo um errôneo comportamento do motorista e do pedestre, reforça o acerto da proposta e desencadeamento do projeto, salientando o fator psicológico exercido pelo policiamento. Aliás, pelo contato mantido com os usuários, além deste aspecto, influenciaram o resultado, outros fatores, como o apoio dos motoristas sóbrios no sentido de aceitar as recomendações que lhes foram feitas, a esperança dos motoristas em não se envolverem nem se defrontarem com as cenas comumente chocantes dos acidentes e, também, o impacto produzido pela visualização de ambulâncias.
Pela avaliação do projeto, confirma-se que a prevenção é um aspecto de primeira importância no que se refere a acidentes de trânsito, merecendo continuado interesse e apoio de especialistas, e certamente, das áreas governamentais.
AGRADECIMENTO
Ao Dr. Eduardo Guerra Zarate, da Secretaria de Saúde de Bogotá, pelo apoio e dedicação demonstrados durante o decorrer do projeto.
* Relatório apresentado à Organização Panamericana de Saúde, em 1986, pelo autor do presente capítulo.
** Veículo não visualizado pelo motorista em decorrência de se localizar no ponto cego de visão do carro.
Print ISSN 0034-8910
Rev. Saúde Pública vol. 31 no. 4 suppl. São Paulo Aug. 1997
IV - Relato de experiência quanto à prevenção de acidentes de trânsito: um modelo usado pela Organização Panamericana de Saúde IV - Report on an experiment relating to traffic accident prevention: a model used by the Panamerican Health Organization
Fernando Bueno Pereira Leitão
Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo, SP - Brasil
Acidentes de trânsito. Prevenção e controle.
RESUMO: É apresentado o relato de um programa relativo à prevenção de acidentes de trânsito na cidade de Bogotá, Colômbia, em 1983. A metodologia aplicada mostrou que policiamento ostensivo e preventivo produziu resultados imediatos, sendo sua adoção relativamente simples: o número de acidentes declinou de 414 para 48 acidentes ano após o Programa.
Accidents, traffic, prevention.
ABSTRACT: The report of a program related to the prevention of traffic accidents in Bogotá, Columbia, in 1983, is presented. The methodology applied showed that ostensive and preventive policing produced immediate results and its adoption was relatively simple: the number of accidents declined from 414 to 48 within on year of the launching of the Program.
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento tecnológico fez com que os veículos automotores tivessem cada vez melhor desempenho, no sentido de velocidades maiores, e os preços mais acessíveis provocaram sua disseminação, fatos que foram, em parte, responsáveis pela maior ocorrência de acidentes em áreas metropolitanas e nas rodovias. Na América Latina, no ano de 1983, a Clínica San Pedro Claver do "Instituto de los Seguros Sociales" - ISS - em Bogotá, Colômbia, referiu-se a 60.000* casos de internação decorrentes de causas externas, dentre elas, os acidentes de trânsito. Conforme o "Instituto de Vias" da Universidade de Cauca, Colômbia, mantida tal incidência, haveria, em vinte anos, a ocorrência de 560.000 acidentes com 30.000 mortos e 230.000 feridos. Como conseqüência dessa situação, em 1986, o coeficiente de mortalidade por causas externas era estimado em 103,6 por 100.000 habitantes*. Como resultante desta perspectiva, naquele ano, a área de Seguridade Social, da Colômbia, solicitou à Organização Panamericana da Saúde uma consultoria com ênfase para "Urgencias Medicas, Gerencia y Administracion", visando a oferecer propostas para enfrentar essa grave situação.
O objetivo da presente parte é relatar a experiência da Colômbia, sobre acidentes de trânsito, usando o modelo da Organização Panamericana de Saúde.
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO
A primeira fase da experiência objetivou conhecer, com detalhe, os aspectos da atenção aos casos de urgência em Bogotá, sendo, para tanto, mantido contato com a direção da "Clinica San Pedro Claver". Foram analisados os casos de urgência aí atendidos e avaliadas as condições da Clínica, quanto a recursos humanos, materiais e funcionalidade. Foram ainda mantidos contatos com autoridades da área da Saúde e da Seguridade Social e, visitados, também, outros hospitais envolvidos no atendimento às urgências: San Ignacio, San Juan de Dios, La Misericordia, Guavio, Meiser, de Girardot, de Choconta, de Fusagasuga, uma unidade Programatica Zonal e os três centros de urgência del Instituto del Seguro Social (ISS). Para avaliar o comportamento da população enquanto usuária da via pública, no que se referia ao trânsito, bem como às condições das vias públicas e rodovias, foram as mesmas percorridas a pé, de automóvel e sobrevoadas de helicóptero. Em decorrência dessas observações, constatou-se a seguinte situação:
1 - incidência muito alta de acidentes de trânsito;
2 - inadequada assistência na fase pré-hospitalar;
3 - sobrecarga no atendimento às urgências nos hospitais regionais e dificuldade de atendimento em hospitais locais e centro de urgência do ISS;
4 - número insuficiente de leitos para os casos de emergência;
5 - rede de comunicação com um sistema bem organizado, com médicos na área administrativa e com possibilidade de agilizar as ambulâncias da Secretaria da Saúde ou de outras entidades;
6 - existência de ambulâncias, nos órgãos de saúde, porém, mal equipadas;
7 - motoristas e socorristas ("camilleros") com cursos básicos de primeiros socorros promovidos pela "Cruz Roja";
8 - inexistência de ambulâncias com incubadoras para transporte de crianças e de helicópteros ou aviões para transporte de doentes que necessitassem de socorro urgente;
9 - excelente nível técnico e científico da área médica e de enfermagem;
10 - desrespeito às normas de segurança por parte dos motoristas;
11 - policiamento de caráter preventivo, insuficiente.
PROPOSTA DE AÇÃO
Diante desse quadro, foi elaborado um esquema operacional voltado, principalmente, para a prevenção de acidentes de trânsito. Numa primeira etapa, com duração prevista para 48 horas, foi definida uma abordagem referente aos aspectos educacionais do motorista e do pedestre e de avaliação das condições das rodovias e do policiamento. Sua implantação, com início às 7h de um sábado, foi planejada para a rodovia que liga Bogotá a Girardot (rodovia C), com a participação da "Policia Vial", "Direccion de Transito y Transporte", "Servicio de Salud de Bogota", "Servicio de Salud de Cundinamarca", Ïnstituto de los Seguros Sociales", "Cruz Roja". Foram destinadas 12 viaturas da polícia munidas de rádio comunicação, dez motocicletas, 150 policiais, 11 ambulâncias, 18 enfermeiras rurais, quatro auxiliares de enfermagem e 20 socorristas. Embora o esquema tivesse caráter preventivo, julgou-se necessário um apoio assistencial para eventuais ocorrências. As viaturas policiais foram estacionadas a cada 10 quilômetros, aproximadamente, de modo a estarem perfeitamente visualizadas. Junto a elas, sempre que julgado conveniente, foram localizadas as ambulâncias. Foi estacionada na parte alta de Boquerón, entre Chinauta e Boquerón "parte baja", uma ambulância de cuidados intensivos. Outras foram estacionadas em Chusaca (Cruz Roja), Subia (Cruz Roja), Ye de Fusagasugá (Servicio de Salud de Bogotá), Chinauta (Seguro Social), Boquerón Bajo (Seguro Social), Melgar (Servicio de Salud de Bogotá) e Girardot (Servicio de Salud de Bogotá). A operacionalização contou com uma divulgação prévia pela imprensa, com aconselhamento aos motorista para que fizessem revisão dos veículos, portassem seus documentos, não realizassem ultrapassagens perigosas e usassem cinto de segurança. Entretanto, propositadamente, não foi divulgada a rodovia a ser atingida. Nesta fase, foram transmitidas, aos usuários, informações de ordem educacional, como transporte de crianças no banco trazeiro, impossibilidade de ingestão de bebidas alcoólicas antes e durante a viagem, respeito à sinalização e informações prestadas, uso de cinto de segurança. O apoio à eventual necessidade de atendimento hospitalar contou com os hospitais de Cundinamarca (Girardot, Fusagasugá, Arbelaez, Caqueza, Facatativa, Villeta, Guaduas, Chia, Sopo, Zipaquirá, Tabio, Chocontá), de Bogotá (San Juan de Dios, Samaritana, La Victoria, Simon Bolivar, San José, San Pedro Claver). O projeto previa um levantamento inicial sobre o número de acidentes, de feridos e de mortos realizado nos seis fins de semana que precederam ao seu início e relativo aos primeiros 60 quilômetros de cada uma das seis rodovias que saem de Bogotá. Caso tivesse resultado positivo, com diminuição de acidentes, de mortos e de feridos, o projeto teria continuidade. Foi o que ocorreu. Realizada a primeira etapa, deu-se início à segunda. Esta foi realizada nos fins de semana seguintes, quando foram atingidas as rodovias Bogotá-Chocontá-Villapizon (rodovia A), com ambulâncias em Brileño, Alto de Sisga e Villapizon (todas do "Servicio de Salud de Bogotá") e a rodovia Bogotá-Villeta-Puerto Bogotá (rodovia B), com ambulâncias em Entrada Boyaca (Cruz Roja), Alto de Jalisco (Seguro Social) e Alto de Trigo (Cruz Roja). Nas rodovias Bogotá-Caqueza-Villaviciento (rodovia D) e Funza-Chia-Zipaquira (rodovia E) utilizaram-se ambulâncias do "Servicio de Salud de Bogotá" (duas) e do Seguro Social (uma). Em seguida, duas outras rodovias, secundárias, foram anexadas ao projeto, por sugestão da Polícia Viária: rodovia da Mesa, com uma ambulância da "Cruz Roja", e de Mesitas, com uma ambulância do "Servicio de Salud de Bogotá". Em continuidade ao planejamento, o projeto estendeu-se pelos demais fins de semana, num total de 54, ou seja, por um ano.
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
Para avaliação dos resultados foram contabilizados os números de acidentes, de mortos e de feridos em cada seis fins de semana, num total de nove conjuntos, que sucederam à implantação do projeto. Os dados foram comparados com os números encontrados em seis fins de semana, imediatamente anteriores ao início do mesmo.
Para a resolução dos aspectos relacionados ao atendimento dos casos de emergência foi, firmada a orientação quanto ao desenvolvimento de áreas específicas, como: aumento do número de leitos, implantação e desenvolvimento de um sistema de atendimento pré-hospitalar, incluindo a rede de comunicação, descentralização da atenção médica e continuidade dos programas de treinamento.
Já como conseqüência do número de acidentes de trânsito, de mortos e de feridos é que se definiu e instalou, como prioritário, o projeto operacional de cunho preventivo, fundamentado, basicamente, no policiamento ostensivo, com a perspectiva de resultado imediato. Nos seis fins de semana que precederam a instalação do projeto, haviam ocorrido, nas rodovias de Bogotá, 46 acidentes em conseqüência das seguintes causas: imprudência do motorista (20), embriaguês (7), falhas mecânicas (7), imprudência do pedestre (4), veículo fantasma** (3), imprudência do ciclista (3), imprudência do motociclista (1) e embriaguês do passageiro (1). Esses 46 acidentes foram responsáveis por 91 feridos e 27 mortos. Após a instalação do projeto, a somatória das ocorrências nos 54 fins de semana, foi de 48 acidentes, responsáveis por 83 feridos e 13 mortos. Com base nos dados que precederam o projeto, estimou-se a ocorrência de 414 acidentes/ano,valor que declinou para 48 acidentes/ano. Essa queda correspondeu a um valor 8,6 vezes menos do que a estimativa anterior (diminuição de 98,7% do total de ocorrências). A Figura mostra esses resultados.
COMENTÁRIOS
As condições relacionadas à atenção às emergências em Bogotá, em 1983, fizeram com que fossem apresentadas propostas diversas, no sentido de colaborar para a resolução do problema, como um todo. Aquelas de resultado previsto para médio e longo prazo incluíram a educação continuada da população quanto aos aspectos de trânsito e tráfego, por meio de folhetos educativos a serem distribuídos em escolas, vias públicas, locais de trabalho, a par de informações veiculadas pela imprensa escrita, falada e televisada e, "Cruz Roja"; equipagem das áreas de atendimento às emergências na rede assistencial, priorizando o equipamento para emprego de oxigênio, material para ventilação, intubação e aspiração de secreções, eletrocardiógrafo, Raios X, desfibrilador; provimento dos hospitais regionais quanto aos especialistas envolvidos em casos de urgência, nas 24 horas do dia; definição dos leitos para casos de urgência em todos os hospitais; organização da área externa dos hospitais diretamente envolvidas com admissão de casos de urgência, proibindo o estacionamento de qualquer tipo de veículo; responsabilidade da enfermagem pelo material utilizado nas ambulâncias; computadorização do sistema de classificação e admissão dos doentes a fim de facilitar o conhecimento de sua procedência, diagnóstico, tempo entre ocorrência e início do atendimento, chegada ao hospital, condição de alta e número de leitos disponíveis na rede assistencial. Quanto à comunicação, foi indicada a transferência da Central para o Hospital Universitário, pela facilidade de aí serem encontrados os especialistas capazes de atuar como reguladores do sistema, o aumento do número de canais e a integração com hospitais regionais e universitários. Em relação às ambulâncias, as recomendações salientaram a importância de equipagem para primeiros socorros, bem como a existência de uma ambulância tipo UTI para cada 300.000 habitantes. Ficou também definido que os cursos já existentes para motoristas e socorristas teriam a orientação das áreas correspondentes da Universidade.
Se estas recomendações previam, como já foi citado, resultados a serem obtidos a médio e longo prazo, a prevenção, instituída de maneira muito objetiva pelo projeto e baseada no policiamento ostensivo com a participação de ambulâncias, mostrou um resultado extremamente animador. Para sua execução, foi fundamental o interesse das autoridades da área da saúde e da seguridade social. Foi vivenciada uma postura governamental que traduziu um interesse político quanto à solução das ocorrências de trânsito. Nos mais diversos países, a morbidade e mortalidade relacionadas aos acidentes de trânsito são merecedoras da atenção da área da Saúde em decorrência, inclusive, dos altos custos de todo um processo de atendimento, além daqueles diretamente relacionados ao número de anos potenciais de vida perdidos - APVP. O interesse e conseqüente apoio governamental, na Colômbia, foi o decisivo fator do sucesso desse projeto, aliás de custo operacional extremamente baixo, uma vez que não houve necessidade de contratação de recursos humanos, nem da aquisição de equipamentos ou viaturas. Deve ser considerado, também, que o custo/benifício de um projeto como esse tende a diminuir no decorrer do tempo, certamente em conseqüência de outros fatores, como: diminuição do desembolso de recursos pelas companhias de seguro, o que por sua vez, poderá contribuir para a redução do prêmio e seu custeio; diminuição do número de feridos, proporcionalmente reduzindo os custos operacionais da área da saúde, além de contribuir para o aumento do número de leitos, então utilizáveis para casos eletivos ou para emergência clínica; redução do número de mortos e conseqüente diminuição dos APVP, pois a maioria das vítimas de acidentes de trânsito é constituída de pessoas jovens. E, então, os recursos advindos destes resultados poderão ser utilizados pela própria área da saúde em investimentos de grande importância, como saneamento básico, vacinação, desenvolvimento de recursos humanos, desenvolvimento tecnológico e outros mais que se fizerem necessários. A metodologia aplicada mostrou, para Bogotá, que o policiamento ostensivo, preventivo, produziu resultados imediatos, sendo relativamente simples sua adoção. Por outro lado, o fato de os acidentes ocorrerem por causas tão diversas, todas refletindo um errôneo comportamento do motorista e do pedestre, reforça o acerto da proposta e desencadeamento do projeto, salientando o fator psicológico exercido pelo policiamento. Aliás, pelo contato mantido com os usuários, além deste aspecto, influenciaram o resultado, outros fatores, como o apoio dos motoristas sóbrios no sentido de aceitar as recomendações que lhes foram feitas, a esperança dos motoristas em não se envolverem nem se defrontarem com as cenas comumente chocantes dos acidentes e, também, o impacto produzido pela visualização de ambulâncias.
Pela avaliação do projeto, confirma-se que a prevenção é um aspecto de primeira importância no que se refere a acidentes de trânsito, merecendo continuado interesse e apoio de especialistas, e certamente, das áreas governamentais.
AGRADECIMENTO
Ao Dr. Eduardo Guerra Zarate, da Secretaria de Saúde de Bogotá, pelo apoio e dedicação demonstrados durante o decorrer do projeto.
* Relatório apresentado à Organização Panamericana de Saúde, em 1986, pelo autor do presente capítulo.
** Veículo não visualizado pelo motorista em decorrência de se localizar no ponto cego de visão do carro.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Produção de texto de gêneros de diferentes esferas:INTERROGATÓRIO
Após o fato ocorrido, de um homem caído na soleira da minha porta, liguei para a polícia e fui convocada a prestar depoimento sobre o mesmo.
O interrogatório foi feito pelo delegado Moreira, que foi prontamente me perguntando:
-O que você fazia na referida data , às 6:45 da manhã?
-Me levantei , como de costume, me arrumei e estava me arrumando para o trabalho quando ouví a campainha e fui atender a porta. Então me deparei com o homem caído na soleira da minha porta . Me aproximei para ver do que se tratava e logo percebi, ao apalpá-lo , que o homem estava morto.E comuniquei a polícia.
-Havia alguém além de você pelos corredores?
-Não, constatei que não havia mais ninguém ali, mesmo após ouvir a campainha tocar.
-Você não viu ninguém?Lembre-se de que você não pode ocultar nenhum fato.
-Não, o corredor estava vazio.Não havia mais nada ou ninguém.
Como não havia mais informações para serem dadas e ninguém mais para depor, o delegado me dispensou e seguem-se as investigações .Só não posso imaginar como aquele cadáver fora parar ali.
O interrogatório foi feito pelo delegado Moreira, que foi prontamente me perguntando:
-O que você fazia na referida data , às 6:45 da manhã?
-Me levantei , como de costume, me arrumei e estava me arrumando para o trabalho quando ouví a campainha e fui atender a porta. Então me deparei com o homem caído na soleira da minha porta . Me aproximei para ver do que se tratava e logo percebi, ao apalpá-lo , que o homem estava morto.E comuniquei a polícia.
-Havia alguém além de você pelos corredores?
-Não, constatei que não havia mais ninguém ali, mesmo após ouvir a campainha tocar.
-Você não viu ninguém?Lembre-se de que você não pode ocultar nenhum fato.
-Não, o corredor estava vazio.Não havia mais nada ou ninguém.
Como não havia mais informações para serem dadas e ninguém mais para depor, o delegado me dispensou e seguem-se as investigações .Só não posso imaginar como aquele cadáver fora parar ali.
Análise de imagens e realização de atividades com esferas
Congresso Nacional
Esfera de atividade representada:política
Atores envolvidos:deputados, senadores, governadores, presidente da república, etc
Interesses/perspectivas em jogo:zelar pelo bem dos cidadãos, administrar os interesses públicos,...
Exemplos de atividades realizadas na esfera:votação de projetos, tomadas de decisões, criação de leis,...
Gêneros em circulação:leis, discursos...
Diário de notícias
Esfera de atividade representada:jornalística
Atores envolvidos:jornalistas, repórteres, redatores, editores, fotógrafos...
Interesses/perspectivas em jogo:selecionar matérias, produzir reportagens, redigir e editar textos, fotografar imagens, publicar as notícias
Exemplo de atividades realizadas na esfera:edição de jornais e informativos
Gêneros em circulação:notícia, reportagem, crônica social e esportiva, artigo de opinião
Laboratório de química:
Esfera de atividade representada:científica
Atores envolvidos:pesquisadores, químicos
Interesses/perspectivas em jogo:realizar pesquisas, fazer e comprovar experimentos
Exemplo de atividades realizadas na esfera:produzir novas substâncias
Gêneros em circulação:Relato científico, relato de experiência
Sala de aula:
Esfera de atividade representada:escolar
Atores envolvidos:professor e alunos
Interesses/perspectivas em jogo:mediar conhecimento, adquirir e ampliar conhecimentos
Exemplo de atividades realizadas na esfera:produções de textos, interpretações, debates, jogos recreativos,...
Gêneros em circulação:texto expositivo, seminário, comunicação oral, texto explicativo
Esfera de atividade representada:política
Atores envolvidos:deputados, senadores, governadores, presidente da república, etc
Interesses/perspectivas em jogo:zelar pelo bem dos cidadãos, administrar os interesses públicos,...
Exemplos de atividades realizadas na esfera:votação de projetos, tomadas de decisões, criação de leis,...
Gêneros em circulação:leis, discursos...
Diário de notícias
Esfera de atividade representada:jornalística
Atores envolvidos:jornalistas, repórteres, redatores, editores, fotógrafos...
Interesses/perspectivas em jogo:selecionar matérias, produzir reportagens, redigir e editar textos, fotografar imagens, publicar as notícias
Exemplo de atividades realizadas na esfera:edição de jornais e informativos
Gêneros em circulação:notícia, reportagem, crônica social e esportiva, artigo de opinião
Laboratório de química:
Esfera de atividade representada:científica
Atores envolvidos:pesquisadores, químicos
Interesses/perspectivas em jogo:realizar pesquisas, fazer e comprovar experimentos
Exemplo de atividades realizadas na esfera:produzir novas substâncias
Gêneros em circulação:Relato científico, relato de experiência
Sala de aula:
Esfera de atividade representada:escolar
Atores envolvidos:professor e alunos
Interesses/perspectivas em jogo:mediar conhecimento, adquirir e ampliar conhecimentos
Exemplo de atividades realizadas na esfera:produções de textos, interpretações, debates, jogos recreativos,...
Gêneros em circulação:texto expositivo, seminário, comunicação oral, texto explicativo
Checagem das hipóteses do título do livro Se um viajante numa noite de inverno
Nossa antecipação sobre o livro ficou distante do real assunto tratado no mesmo, pois supomos que se tratava de uma narrativa de aventura e na realidade era uma obra de viagem pelos mistérios da leitura
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Sinopse marcante (Carina)
Pais Brilhantes, Professores Fascinantes - Augusto Cury-Este livro mostra que os pais e os professores lutam pelo mesmo sonho: tornar seus filhos e alunos felizes, saudáveis e sábios. Mas jamais estiveram tão perdidos na árdua tarefa de educar. Afinal, "educar é semear com sabedoria e colher com paciência."
Sinopse (Carina)
PEDRO BANDEIRA - A DROGA DA OBEDIÊNCIA
A Droga da Obediência é o primeiro livro da série de personagens os Karas. Eles são um incrível grupo de adolescentes que proporcionam toda a aventura desse ótimo livro criado pelo prestigiado Pedro Bandeira." O grupo, criado como uma brincadeira por Miguel - agora com seu mais novo integrante, Chumbinho - acaba se envolvendo em um perigoso enredo com a droga da obediência, uma droga maléfica que faz com que qualquer um que a experimente seja " fiel como um cãozinho". Lute junto com Miguel, o "capitão do time"; Calú, o grande ator dos Karas; Crânio, o cérebro do grupo; Chumbinho, o mais recente dos Karas (que entrou no grupo forçadamente depois de ter descoberto o esconderijo); todos os incríveis códigos secretos dos Karas; Magrí, uma ginasta e única menina do grupo, contra o misterioso doutor Q.I. e sua poderosa droga. O mundo depende dos Karas. Esse livro, muito legal, eu recomendo para quem não gosta de monotonia e sim de suspense misturado com aventura e também grandes surpresas.
A Droga da Obediência é o primeiro livro da série de personagens os Karas. Eles são um incrível grupo de adolescentes que proporcionam toda a aventura desse ótimo livro criado pelo prestigiado Pedro Bandeira." O grupo, criado como uma brincadeira por Miguel - agora com seu mais novo integrante, Chumbinho - acaba se envolvendo em um perigoso enredo com a droga da obediência, uma droga maléfica que faz com que qualquer um que a experimente seja " fiel como um cãozinho". Lute junto com Miguel, o "capitão do time"; Calú, o grande ator dos Karas; Crânio, o cérebro do grupo; Chumbinho, o mais recente dos Karas (que entrou no grupo forçadamente depois de ter descoberto o esconderijo); todos os incríveis códigos secretos dos Karas; Magrí, uma ginasta e única menina do grupo, contra o misterioso doutor Q.I. e sua poderosa droga. O mundo depende dos Karas. Esse livro, muito legal, eu recomendo para quem não gosta de monotonia e sim de suspense misturado com aventura e também grandes surpresas.
Expectativas do curso(Carina)
Espero aprender muitas coisas novas e ampliar meus conhecimentos na área ,interagindo com os colegas e aproveitando o máximo possível.
Definição de BLOG-CARINA
Blogs são páginaspessoais da internet com mecanismos que permitem a interação e conversas entre grupos.
Os blogs são como diários e permitem que os usuários publiquem seus conteúdos sem conhecimento especializado.
Os blogs são como diários e permitem que os usuários publiquem seus conteúdos sem conhecimento especializado.
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Minha sinopse (Francieli)
O livro que escolhi foi o primeiro que li quando entrei na área da educação. O livro se chama "Pedagogia da Autonomia-Saberes necessários à prática educativa" de Paulo Freire.
Sinopse: Paulo Freire, como em todos os seus livros, trata a educação como questão de relevante importância para a sociedade. Neste livro, ele ensina professores a descobrirem como serem professores partindo do seu própio ser e aborda os saberes necessários à prática educativo-crítica de maneira dinâmica. O professor, peça indispensável neste processo, é o principal alvo das idéias citadas nesse livro.Ele trata da Autonomia que professores devem utilizar de modo ético ao desenvolver seu trabalho dentro do âmbito escolar. É uma aula para professres que querem aprender cada vez mais sobre a educação.
Sinopse: Paulo Freire, como em todos os seus livros, trata a educação como questão de relevante importância para a sociedade. Neste livro, ele ensina professores a descobrirem como serem professores partindo do seu própio ser e aborda os saberes necessários à prática educativo-crítica de maneira dinâmica. O professor, peça indispensável neste processo, é o principal alvo das idéias citadas nesse livro.Ele trata da Autonomia que professores devem utilizar de modo ético ao desenvolver seu trabalho dentro do âmbito escolar. É uma aula para professres que querem aprender cada vez mais sobre a educação.
Sinopse do livro Auto-Hipnose - Aprendendo a caminhar pela vida (Francieli)
Livro:Auto-Hipnose- Aprendendo a caminhar pela vida
Editora Diamante
Autor(a): Jorge Abia & Teresa Robles
Sinopse: Este livro inicia uma série de Manuais de Auto-Hipnose.Está escrito para se ler desfrutando, sen esforço. Está escrito para se ler desde a introdução. Já desde aí, começa a falar coisas que são úteis para você ir aprendendo a caminhar pela vida. Mas, você pode, também, começar por qualquer lado. Ele foi escrito para lhe dar ferramentas seguras e naturais, para que você viva desfrutando cada momento. De fato, essas ferramentas você já as conhece, você as tem usado de alguma maneira, sem sabê-lo. Neste livro, os autores ensinam a utilizar ferramentas, para que você possa fazê-lo quando você necessitar, em sua vida diária.
Editora Diamante
Autor(a): Jorge Abia & Teresa Robles
Sinopse: Este livro inicia uma série de Manuais de Auto-Hipnose.Está escrito para se ler desfrutando, sen esforço. Está escrito para se ler desde a introdução. Já desde aí, começa a falar coisas que são úteis para você ir aprendendo a caminhar pela vida. Mas, você pode, também, começar por qualquer lado. Ele foi escrito para lhe dar ferramentas seguras e naturais, para que você viva desfrutando cada momento. De fato, essas ferramentas você já as conhece, você as tem usado de alguma maneira, sem sabê-lo. Neste livro, os autores ensinam a utilizar ferramentas, para que você possa fazê-lo quando você necessitar, em sua vida diária.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Perfil Carina
Olá pessoal, meu nome é Carina, farei dupla com a Francieli ,pois entrei no grupo à partir dessa semana.
Leciono na EE de Santa Albertina como PEB I para alunos de 4º série.
Tenho curso de Letras e atualmente faço pedagogia.Sou alta, morena, e me considero uma pessoa feliz.
Leciono na EE de Santa Albertina como PEB I para alunos de 4º série.
Tenho curso de Letras e atualmente faço pedagogia.Sou alta, morena, e me considero uma pessoa feliz.
Antecipação do título do livro de Calvino
O título "Se um viajante numa noite de inverno" sugere o relato de uma viagem e situações ocorridas numa noite de inverno, com descobertas, aventuras de um viajante desbravador, suas conquistas e obstáculos a serem vencidos.
Paródia de parte do texto de Calvino
Com certeza,é fácil encontrar o livro ideal para ler. Outrora, não lia-se muito.Não era hábito ler.Descansava-se assim o cérebro, exausto de trabalhar. Ninguém jamais pensou que ler fosse algo tão prazeroso; agora contudo, a idéia de ler bons livros, obras especiais, parece atrente a você.Com os olhos fixos nos livros, deve-se ficar bastante compenetrado para ler; manter a atenção é condição fundamental para aproveitar a leitura.
Pois bem, o que está esperando? Escolha o livro, se acomode no local calmo, deite nos braços do sofá, no encosto da poltrona, e se delicie com uma história.
Pois bem, o que está esperando? Escolha o livro, se acomode no local calmo, deite nos braços do sofá, no encosto da poltrona, e se delicie com uma história.
Depoimento de leitura e escrita
Acreditamos que os processos de leitura e escrita são fatores essenciais para a participação social, abrindo novos campos e expandindo horizontes. A leitura é um exercício mental que deve ser praticado cotidianamente para exercitar o cérebro, serve para aquisição de conhecimentos e proporciona momentos prazerosos. A escrita é necessária para a comunicação não-verbal e é uma consequência do exercício da leitura, portanto ambas se complementam.
Fórum:A leitura e a escrita devem merecer atenção de todas as disciplinas?
Tanto a leitura como a escrita devem merecer atenção especial de todas as disciplinas, pois mesmo que não seja de forma sistematizada como em língua portuguesa, as demais áreas do conhecimento também devem enfatizar a importância da leitura e da escrita correta.Essas habilidades são necessárias para a boa integração social dos alunos e os auxiliarão nas situações corriqueiras que envolvem os diversos gêneros textuais.
Fórum:Relato de experiências
A criação do blog e as atividades iniciais foram de extrema importância devido a necessidade de se manter informatizado nos dias atuais.Isso serve como base para a inserção do aluno na modernidade dos meios de comunicação, possibilitando ao professor o contato com um novo método que pode integrar o ensino do futuro.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
O que é um blog?
Um blog é uma página da web cujas atualizações são organizadas cronologicamente de forma inversa (diário). Essas atualizações podem ou não pertencer ao mesmo gênero de escrita, referir-se ao mesmo assunto ou ter sido criado pela mesma pessoa. Ele possui ferramentas como registro de informações relativas a um site ou domínio da internet quanto ao número de acessos, páginas visitadas, tempo gasto, de qual site ou página veio, e uma série de outras informações. As pessoas podem criar seu própio blog, contendo suas informações, onde outras podem acessar e visitá-las.
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Expectativas
Espero que o curso traga muitos conhecimentos e que contribua para a formação profissional de todos.
Olá, pessoal!Meu nome é Francieli, trabalho na cidade de Aparecida Doeste com uma sala de primeira série.Comecei a trabalhar na educação há dois anos, estou apenas começando! Moro em Jales, estou cursando o curso de Biologia na Unijales.Pretendo continuar estudando e me aperfeiçoando. Gosto muito de passear, viajar e ficar com meus familiares e amigos. Estou muito feliz de estar aqui com vocês!
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